COMO SABER SE UM DEMÔNIO ESTÁ PERTO DE VOCÊ ?


A presença dos santos anjos, diz Santo Antônio, é dupla e amável: não riem, não gritam, não falam; senão que, silenciosos, com bondade e doçura, apressam-se a derramar em nossos corações a alegria, o entusiasmo e a confiança. Porque o Senhor, que é o manancial de toda alegria, está com eles. Então, nosso espírito, sem turbação, antes, ao contrário, sereno e tranquilo, fica iluminado com seus resplendores. Então, a alma, plena do desejo das celestiais recompensas, buscando romper, se o pudesse, o cárcere de seu corpo, e gemendo sob o peso de seus membros, apressa-se a ir com os anjos ao céu. 

A bondade dos anjos é tão grande, que se alguém, atendida a fragilidade da condição humana, fica deslumbrado por sua claridade, afastam, em seguida, este temor e todo terror.

O mesmo Santo indica os sinais pelos quais se pode reconhecer a presença dos anjos maus, que são os demônios. Quando os maus espíritos estão presentes, diz:

  -  os nossos rostos põem-se tristes;
  -  ouvem-se ruídos horríveis;
  -  somos assaltados por pensamentos abomináveis;
  - somos vítimas de movimentos desordenados, e a alma tem e experimenta certo estupor;
  -  excitam o ódio, o pesar, o desgosto;
  - trazem-nos à memória a recordação do mundo;
  - despertam-nos o sentimento[4] de havê-lo abandonado;
  - fazem-nos temer a morte;
  - inflamam-nos a concupiscência e fazem-nos experimentar cansaço na virtude;
    embotam-nos o coração.

Porém, se depois do temor vem a alegria, a confiança em Deus e a caridade, sabei que vosso anjo bom está ali; ele é quem vos socorre, é quem vos inspira e dirige.
 

O Deus vivo é-me testemunha, diz Judite depois de haver cortado a cabeça de Holofernes, que seu Anjo me guardou quando saí da cidade, durante minha permanência no campo, e ao meu regresso. O Senhor não permitiu que eu, servidora sua, fosse manchada, senão que me permitiu voltar a vós sem que tenha sofrido nenhuma mancha, plena de alegria pela vitória que me deu, por minha salvação e por vossa liberdade (Jud 12, 2).

Quando Judas Macabeu e os seus iam combater junto aos muros de Jerusalém, um cavaleiro saiu-lhe ao encontro: ia com sua veste branca, tinha armas de ouro e agitava sua lança. Então todos bendisseram juntos à misericórdia do Senhor, plenos de confiança e prontos a desafiar não somente aos homens, senão às bestas mais ferozes, desprezando os muros de ferro. Iam, pois, apressadamente ajudados pelo céu, e o Senhor, infinitamente bom, velava por eles. Precipitaram-se como leões sobre seus inimigos e os destruíram (2 Mc 11, 8-40). Com efeito, não há obstáculos insuperáveis, seres invencíveis, nada impossível, nada difícil para um Anjo.

Um anjo desceu até Azarias e seus companheiros na fornalha, e afastou as chamas. Fez soprar um vento fresco como a brisa da manhã, e o fogo não alcançou nem lhes causou o menor mal (Dn 3, 49-50). Então, Nabucodonosor, rompendo o silêncio, exclamou: Bendito seja o Deus de Sidrac, de Misac e de Abdênago; Ele enviou seu anjo e libertou a seus servidores que creram Nele (Dn 3, 95).

O Deus a quem sirvo, disse Daniel na cova dos leões, enviou seu anjo, cerrou as bocas das feras, e não me fizeram dano algum (Dn 11, 22).

São Pedro está aferrolhado: desce seu anjo, ilumina o cárcere, rompe as cadeias do príncipe dos Apóstolos, abre as portas e lhe diz: Levanta-te depressa. E no mesmo instante caíram-lhe as cadeias das mãos. Posto Pedro em liberdade e desaparecido de sua vista o anjo, caiu em si e disse: agora vejo que o Senhor me enviou seu anjo, libertou-me da mão de Herodes e da expectativa de todo o povo judeu.

A devoção ao Anjo da Guarda é importantíssima para sua salvação.

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Paróquia Sagrada Face de Tours – a paróquia dos Anjos da Guarda.

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https://youtu.be/w6IZ2NrIg20