O ROSÁRIO DIFERENTE QUE NOSSA SENHORA PEDIU - cheio de Indulgências

 


Nós católicos rezamos o Terço Mariano, que se origina do Rosário de 15 Mistérios dado por Nossa Senhora à São Domingos.

Porém existe um outro Rosário que Nossa Senhora também pediu que fosse rezado: o Rosário das 7 Alegrias de Nossa Senhora (ou Coroa das 7 Alegrias de Nossa Senhora).

Em 1422, um jovem noviço chamado Giacomo/Tiago – e posteriormente conhecido como “Tiago do Rosário” – tinha o costume diário de oferecer uma coroa de flores frescas como coroa para adornar uma imagem de Nossa Senhora. Porém ao ser recebido na Ordem Franciscana foi restringido nesta devoção. Após longa deliberação ele decidiu deixar a Ordem.

A Santíssima Virgem apareceu-lhe numa visão dizendo: “Fique aqui e não se preocupe porque não pode mais tecer uma coroa de flores para mim. Vou te ensinar como você pode tecer diariamente uma coroa de rosas que não murchará e será mais agradável para mim e mais meritória para você."

Ela então o incentivou a recitar sete décadas do Terço em sua homenagem todos os dias. As décadas deveriam ter como tema as sete alegrias que Maria viveu quando viveu entre nós. Estas orações tomariam o lugar de uma coroa de flores reais que, de outra forma, murchariam todos os dias.

O noviço começou esta devoção sem contar a ninguém da Ordem. Porém, um dia, o Diretor dos Noviços o viu rezando na capela com um Anjo ao seu lado. Este último tecia uma coroa de rosas, colocando um lírio dourado entre cada uma das 10 rosas. Quando Tiago terminou de rezar, o Anjo colocou a coroa em sua cabeça.

O mestre de noviços perguntou ao jovem frade o significado desta visão. Após ouvir a explicação, contou aos demais frades e logo a prática de recitar a Coroa das Sete Alegrias se espalhou por toda a Ordem Franciscana.

Muitos franciscanos famosos foram particularmente devotados ao Rosário da Coroa, incluindo São Bernadino de Siena, São Boaventura, Beato Querubim de Spoleto e São João Capistrano.

São Bernardino de Sena foi um dos primeiros a praticar e difundir esta devoção, que para ele era fonte de grandes favores. Um dia enquanto recitava esta coroa apareceu-lhe a Santíssima Virgem e com inefável doçura lhe disse que gostava muito desta devoção e o recompensava com milagres para converter os pecadores: “Te prometo fazer-te partícipe de minha felicidade no paraíso”. 

Recomenda-se que todos os membros da Ordem Franciscana, seculares ou não, o recitem pelo menos todos os sábados, dia dedicado à Bem-Aventurada Virgem Maria. Porém quem não faz parte da Ordem também pode rezar o Rosário das 7 Alegrias de Nossa Senhora.

Não havia requisitos especiais quanto ao número de contas ou mesmo segurar um Rosário da Coroa abençoado durante a oração para obter indulgências. Ou seja, pode-se facilmente usar um Rosário Dominicano normal para rezar o Rosário da Coroa Franciscana. Na verdade, não é necessário que as contas sejam abençoadas, ou mesmo que as contas sejam usadas. A indulgência não está vinculada ao próprio rosário físico, mas sim à recitação das orações.

No entanto, um Rosário Franciscano de sete décadas facilita a devoção.

Em 1905, o Papa São Pio X, em resposta a uma petição do Procurador Geral Franciscano, acrescentou novas indulgências à Coroa Franciscana que podem ser obtidas por todos os fiéis. Aqueles que assistem à recitação pública da Coroa Franciscana participam de todas as Indulgências anexas ao Rosário Seráfico.

Os franciscanos celebram a Festa do Rosário da Coroa em 27 de agosto. O Papa Pio X autorizou a festa em 1906. O dia original era o domingo após a oitava da Assunção, mas, em 1914, foi foi transferido para o próprio dia da oitava; e em 1942, quando a festa do Imaculado Coração de Maria foi designada para aquele dia, a das Sete Alegrias foi transferida para 26 de agosto.

Os rosários que os franciscanos usam no cordão do hábito é o Rosário das Sete Alegrias.

INDULGÊNCIAS PLENÁRIAS que os fiéis podem ganhar:

Indulgência Plenária se, depois da Confissão e da Comunhão (sem outras condições), recitarem a COROA FRANCISCANA nas seguintes festas:

— Natal (25 de dezembro);

— Epifania (6 de janeiro);

— Domingo durante a Oitava da Epifania ;

— Purificação (2 de fevereiro);

— Anunciação (25 de março);

--- Páscoa ;

— Visitação (2 de julho);

– Assunção (15 de agosto);

— Festa das Sete Alegrias do Beato. Virgem (22 de agosto);

--- Natividade de Nossa Senhora(8 de setembro).

— Imaculada Conceição (8 de dezembro);

Uma Indulgência Plenária uma vez por mês, em qualquer dia após a Confissão e a Comunhão, se rezarem a COROA FRANCISCANA todos os sábados.

Indulgência plenária na hora da morte nas condições habituais, se tiver o rosário em sua posse e o tiver rezado com frequência.


INDULGÊNCIAS PARCIAIS. Os fiéis podem obter Indulgência Parcial de:

- 70 anos e 70 quarentenas cada vez que reza a COROA FRANCISCANA em qualquer dia da semana exceto sábado.

- 100 anos sempre que dizem isso em qualquer sábado do ano.

- 200 anos quando dizem isso nos feriados obrigatórios

- 300 anos quando o dizem em qualquer festa do Beato. Virgem não mencionada acima para as indulgências plenárias.

- 10 anos por cada boa obra que realizem para honra de Deus ou por amor ao próximo, desde que carreguem consigo o rosário e o recitem com frequência.

- 10 anos cada vez que rezam sete Ave-Marias em homenagem às Sete Alegrias de Nossa Senhora, desde que carreguem consigo o rosário e o recitem com frequência.


Como rezar a Coroa das 7 Alegrias

- sinal da cruz

- Creio - Pai Nosso - 3 Ave Marias

1. No primeiro mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora ao ouvir do Arcanjo São Gabriel que fora escolhida por Deus para ser Mãe do Salvador.

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória


2. No segundo mistério consideramos a alegria da Santíssima Virgem em casa de sua prima Santa Isabel, quando foi pela primeira vez saudada como Mãe de Deus.

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória


3. No terceiro mistério consideramos o inefável gozo de Nossa Senhora no estábulo de Belém, quando seu Filho divino nasceu milagrosamente.

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória


4. No quarto mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora quando os três magos vieram de longe adorar o Menino Jesus e oferecer-lhe ouro, incenso e mirra

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória


5. No quinto mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora quando achou o Divino Menino no Templo entre os doutores.

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória


6. No sexto mistério consideramos a alegria e o júbilo da Santa Mãe de Deus, quando, na manhã de Páscoa, viu seu Filho divino ressuscitado e glorioso.

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória


7. No sétimo mistério consideramos a maior de todas as alegrias de Nossa Senhora, quando morreu santamente e foi levada aos céus, com corpo e alma, acima dos coros angélicos, à direita de seu Filho divino, que a coroou Rainha dos anjos e dos santos.

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória


Oração Final

Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amém.


Uma tradição adicional

Segundo uma antiga tradição, Maria Santíssima viveu 72 anos na terra antes de sua Assunção aos Céus.

Por isso, na Coroa das Sete Alegrias, podem-se acrescentar duas Ave-Marias antes de começar as sete dezenas, para que assim se complete uma Ave-Maria para cada ano de vida de nossa Mãe Maria neste mundo.