Quarta-feira Santa – A Traição Silenciosa de Judas
“Que me dareis, e eu vo-lo entregarei?”
(Mt 26,15)
O silêncio que grita mais alto que as palavras
Nesta Quarta-feira Santa, o céu parece parar para escutar um passo sutil, um olhar dissimulado, uma decisão tomada nas sombras.
Não houve trovões, nem espada, nem multidão.
Houve apenas um aperto de mãos — e trinta moedas.
Judas não blasfemou.
Judas não agrediu Jesus.
Judas o chamou de “Mestre” e o beijou.
E assim cometeu o crime mais grave da história: vendeu o próprio Deus.
O pecado de Judas foi religioso
Judas era apóstolo.
Viu os milagres, ouviu as parábolas, foi enviado em missão...
Mas nunca foi convertido.
Seu pecado não foi o de um pagão — mas de um homem de Igreja.
Não de um que estava fora — mas de um que se aproximou demais, sem nunca amar de fato.
“Melhor fora para esse homem não haver nascido” (Mt 26,24)
Cristo o escolheu. Cristo o advertiu. Cristo o amou até o fim.
Mas Judas... amava mais o dinheiro, o poder, a revolução, a aprovação dos chefes.
Ele quis manipular Jesus para seus planos — e quando percebeu que Cristo não servia aos seus ideais, o entregou.
A traição continua na Igreja — hoje
Dom Fulton Sheen dizia: “O mundo moderno não odeia a Cristo — ele odeia a sua Cruz.”
Hoje, Judas ainda está entre nós.
Ele veste paramentos, fala em sínodos, cita o Evangelho — e entrega o Senhor com palavras doces, inclusivas e traiçoeiras.
São os que chamam pecado de “direito humano”.
Os que negam a Transubstanciação, mas “abençoam” o que Deus abomina.
Os que “celebram” missas em nome da terra, da cultura, da humanidade — mas não em nome do Cordeiro Imolado.
Estes não apenas vendem Jesus — vendem as almas confiadas a eles.
As moedas de Judas estão mais reluzentes hoje.
Elas brilham nos tapetes vermelhos dos eventos religiosos.
Elas tilintam nas decisões ecumênicas que negam a exclusividade de Cristo.
Elas se escondem por trás de uma “Igreja sinodal”, onde todos decidem, menos o Espírito Santo.
Aplicação à Igreja Doméstica: o fiel que vigia e ama em silêncio
Cristo foi traído por um homem da casa.
Mas também foi amado em casas simples:
– na casa de Lázaro, onde foi ungido,
– no cenáculo, onde partilhou o Cordeiro,
– e hoje, nas casas do Remanescente, onde a Palavra ainda é adorada.
A Igreja Doméstica é o oposto da traição:
Ela é fidelidade silenciosa,
resistência sem propaganda,
amor puro por Jesus Crucificado,
mesmo quando todos ao redor O negam ou O vendem.
Não vendamos o Senhor — vigiemos com Ele
Meus irmãos, nesta Quarta-feira Santa, não olhemos só para Judas.
Olhemos para Jesus.
Ele sabe que será traído, e ainda assim oferece o pão.
Ele sabe que será abandonado, e ainda assim chama de “amigo”.
Dom Fulton Sheen dizia que há dois tipos de pessoas:
os que gritam “Hosana” e depois “Crucifica”...
e os que permanecem de pé com Maria ao lado da Cruz.
Que sejamos estes últimos.
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