A MÍSTICA DO AMOR CRUCIFICADO - Santa Maria Madalena de Pazzi - 29 de maio

 


29 de Maio — Santa Maria Madalena de Pazzi
A mística do silêncio: abrasada de amor por Cristo crucificado

Santa Maria Madalena de Pazzi nasceu em Florença, Itália, no dia 2 de abril de 1566, em uma família nobre, mas profundamente cristã. Seu nome de batismo era Catarina de Pazzi. Desde a infância demonstrava extraordinária piedade: com apenas 9 anos fez voto de castidade e pedia insistentemente aos pais que a deixassem comungar frequentemente, algo pouco comum na época. Com 16 anos, entrou no Carmelo de Santa Maria dos Anjos, onde tomou o nome de Maria Madalena.

Pouco tempo depois de vestir o hábito, caiu gravemente doente. Pensando que iria morrer, suas superioras permitiram que fizesse sua profissão religiosa antecipadamente. Nesse período começou a ter visões místicas intensas: êxtases diários, revelações divinas, colóquios com Jesus, visões do Céu e do Inferno. Recebeu estigmas interiores e foi vista por outras irmãs em levitação durante a oração.

Durante quarenta dias após sua profissão religiosa, entrava em êxtase todas as tardes, recebendo revelações profundas sobre a Trindade, a Paixão de Cristo e a alma humana. Seus êxtases eram anotados pelas irmãs sob orientação das superioras, e os escritos resultantes — entre eles “Os Quarenta Dias”, “Colóquios” e “Provas e Amores” — são verdadeiros tesouros da mística católica.

Apesar das visões sublimes, viveu com humildade radical. Durante cinco anos, passou por uma purificação espiritual intensa, onde parecia privada de todo consolo sensível, sendo provada em sua fé com aridez e tentações. Sofria calúnias, desprezos e até maus-tratos de algumas religiosas, que ela suportava em silêncio, sem perder a paz. Morreu no dia 25 de maio de 1607, com 41 anos, dizendo:

    “Oh Amor! Tu não és conhecido, tu não és amado!”

Espiritualidade e Legado

Santa Maria Madalena de Pazzi é um farol para a igreja doméstica dos tempos do Apocalipse, pois mostra como o amor a Jesus Crucificado é o único caminho verdadeiro de salvação. Sua espiritualidade é totalmente centrada em Cristo sofredor, na união profunda com a Santíssima Trindade e na oração silenciosa.

Ela dizia:

    “Se conhecêssemos o valor da alma, trabalharíamos incansavelmente para salvá-la.”

A santa carmelita não viveu grandes ações externas, não fundou ordens, não evangelizou povos distantes. Seu apostolado foi oculto: um apostolado de reparação, intercessão e união com Deus, escondido nos muros do convento. Isso revela o valor imenso da oração e da penitência dentro da própria casa — especialmente para as famílias da igreja doméstica.

Ela representa aquelas almas que, mesmo sem visibilidade, sustentam o mundo com sua união com Cristo. A igreja sem sacerdotes válidos encontra nela um exemplo de como a santidade é possível mesmo na escuridão, pelo sacrifício interior, pelo amor crucificado e pela entrega total a Deus.

Seus escritos nos ensinam a penetrar o mistério do Amor de Deus, a desejar a salvação das almas, a interceder mesmo no sofrimento. Que ela interceda por nós, e que o seu grito do coração — “Amor não é amado!” — nos leve a uma vida de fervor e reparação, no silêncio das nossas casas fiéis.

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Prof. Emílio Carlos

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