SÃO GREGÓRIO VII: O PAPA QUE MORREU NO EXÍLIO (25 de maio)

 

São Gregório VII, Papa e Confessor

Defensor da Liberdade da Igreja e Guardião da Verdade de Cristo

Vida e Missão

São Gregório VII nasceu com o nome de Hildebrando de Soana, por volta do ano 1020, na Toscana. Educado em Roma, no mosteiro de Cluny, tornou-se monge, e logo destacou-se por sua inteligência, austeridade e zelo reformador. Tornou-se conselheiro de vários papas e, em 1073, foi eleito Sumo Pontífice, assumindo o nome Gregório VII.

Seu pontificado foi marcado por uma luta árdua: a defesa da liberdade da Igreja contra o poder dos imperadores e príncipes, especialmente na questão das investiduras, isto é, a prática dos reis de nomearem bispos e abades, usurpando o direito espiritual do Papa e dos concílios.

Contra essa corrupção e ingerência secular, Gregório VII declarou solenemente:

    “A Igreja não pode ser escrava dos poderes terrenos. O Senhor Jesus é sua única cabeça.”

Seu oponente mais feroz foi o Imperador Henrique IV, que desejava controlar a Igreja na Alemanha. Após abusos e escândalos, Gregório o excomungou — o que levou a um momento histórico: o imperador atravessou os Alpes no inverno de 1077 e, por três dias, descalço e em penitência na neve diante do castelo de Canossa, implorou o perdão do Papa.

O perdão foi concedido, mas a guerra espiritual prosseguiu. Henrique, traidor, mais tarde invadiu Roma e forçou Gregório VII ao exílio. Mesmo desterrado, doente e morrendo em Salerno, o Papa mártir da justiça proclamou:

    “Amei a justiça, odiei a iniquidade; por isso morro no exílio.”

Faleceu no dia 25 de maio de 1085, sendo mais tarde canonizado. Seu corpo repousa na catedral de Salerno, onde se lê seu epitáfio com as palavras que ele mesmo dissera antes de morrer.

Espiritualidade e Legado para a Igreja Doméstica

São Gregório VII é modelo luminoso de coragem diante dos tiranos, zelo pela pureza da Igreja, e amor incondicional à verdade de Cristo. Em um tempo em que muitos clérigos eram comprados, vendidos ou corrompidos, ele lembrou que a Igreja é a Esposa de Cristo, não propriedade de reis.

Nos dias atuais — em que muitos fiéis da Igreja doméstica se veem órfãos de pastores fiéis e perseguidos por um mundo hostil à fé —, o exemplo de Gregório VII brilha como um farol de resistência espiritual. Ele nos recorda que a fidelidade à verdade exige sacrifício, e que o trono de Pedro só tem sentido quando é sustentado pela cruz de Cristo.

A Igreja doméstica, mesmo sem templos visíveis ou autoridades reconhecidas pelos homens, permanece unida à Igreja de sempre quando conserva a doutrina, a moral e a obediência a Cristo Rei — como o fez São Gregório VII. Sua luta contra o abuso do poder nos recorda que nem todos os que ocupam altos cargos são fiéis a Deus, e que o fiel leigo também é chamado a discernir, resistir e perseverar na fé, mesmo quando isso significa o exílio ou o isolamento espiritual.

    “A verdade não se dobra à força: ela permanece, ainda que o mundo inteiro a combata.”
    — São Gregório VII

Que os fiéis da Igreja doméstica, ao rezarem seus Terços, estudarem a doutrina, e permanecerem unidos em pequenos grupos, vejam-se amparados por este intrépido Papa, que não temeu imperadores e preferiu o exílio à traição.

Gregório VII nos ensina que a autoridade legítima nasce da obediência a Deus, e que, nos dias escuros da apostasia, os santos do Céu não cessam de combater conosco, como intercessores e guias fiéis.

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Prof. Emílio Carlos

Pároco Leigo